NOTA DO TEATRO WIDIA
O Teatro Widia como um dos coletivos da Ocupação Vila do Teatro, do MTBS – Movimento Teatral da Baixada Santista, da RBTR – Rede Brasileira de Teatro de Rua e da Cooperativa Paulista de Teatro, repudia a ação arbitrária e repressora da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que no dia 30 de outubro, junto a Guarda Municipal, interrompeu de forma violenta a apresentação do espetáculo de rua Blitz – O império que nunca dorme, da Trupe Olho da Rua, que estava se apresentando na Praça dos Andradas, a Praça do Povo. Levando preso, algemado como um criminoso, o Trabalhador da Cultura, ator e diretor da peça Caio Martinez Pacheco, que também é conselheiro de cultura, do segmento Teatro e Circo do Concult – Conselho de Cultura de Santos.
Importante ressaltar que a peça foi contemplada pelo Edital ProAc do Governo do Estado de São Paulo
Este foi apenas um capítulo protagonizado pela PM e GM, que após as eleições vem reprimindo veementemente as ações culturais promovidas por diversos coletivos na Praça dos Andradas e outros locais públicos da cidade de Santos/SP.
Não podemos permitir que a Liberdade de Expressão, evidenciada no item 9° do Artigo 5° da Constituição Federal seja violada, “É livre a expressão de atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independente de censura e licença”. Silenciar neste momento é admitir o retrocesso e a volta da censura implantada pela Ditadura de 1964.
Todo o nosso apoio ao companheiro Caio Martinez Pacheco, a Trupe Olho da Rua e a todos os grupos e artistas do Brasil que exercem o seu direito de liberdade de expressão.
Teatro Widia
O QUE É ‘BLITZ’?
Sem incitar discurso de ódio ou ofensas, a peça teatral reflete a violência policial, baseada em reportagens, teses acadêmicas e relatórios sobre a instituição policial brasileira. Entendendo a urgência do tema e a estética do grupo, o Governo Estadual contemplou a produção artística – ela circulará em 11 cidades. Entendemos que cabe ao próprio Governo garantir a livre expressão artística, prevista na nossa democrática Constituição.